O policial militar que teria matado um suspeito de tentativa de assalto a uma lotérica no centro de Caçapava do Sul foi ouvido oficialmente na manhã desta quarta-feira.
O delegado de Cachoeira do Sul, Celso dos Santos Tavares, que está respondendo pela Delegacia de Caçapava do Sul, colheu apenas o relato do policial.
A dona da lotérica, que teria presenciado a ação dos bandidos, não foi ouvida, pois estava em choque devido ao susto. Nos próximos dias, quando a titular da delegacia, Fabiane Bittencourt retornar, a mulher deverá ser ouvida.
Conforme o delegado, o policial afirmou que estava de folga na noite de segunda-feira, quando a proprietária da lotérica, que é sua vizinha, bateu na casa dele para pedir socorro, pois dois indivíduos estariam tentando assaltar seu estabelecimento, localizado na esquina das ruas Barão de Caçapava e General Osório. Como ela mora nos fundos do local, presenciou toda a ação dos supostos bandidos.
Ao sair para socorrê-la, o policial teria entrado em um portão e seguiu os supostos assaltantes, dando voz de prisão a eles. Entretanto, um deles teria disparado contra o PM, que revidou e acertou o suspeito com um tiro no peito.
Jonas dos Santos Neres, 27 anos, morreu no local. Conforme o delegado Tavares, ele era conhecido da Brigada Militar e já tinha passagem pela polícia por roubo e assalto. O PM entregou sua arma, que está apreendida na Polícia Civil para perícia. O nome do policial ainda não foi divulgado pela Polícia Civil nem pela Brigada Militar.
_ Pelo depoimento dele e das demais testemunhas ouvidas pela polícia, vejo que ele agiu dentro da legitimidade da lei. O inquérito seguirá com outra delegada, mas, em princípio, a ação foi correta para um policial, que tem obrigação em defender os cidadãos _ explica o delegado.